terça-feira, 31 de maio de 2011

CPTM, Metrô e Sabesp entram em greve no dia 1º de junho



Três categorias de empresas estatais agendaram paralisação geral para a próxima quarta-feira (01/06). Funcionários da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), Metrô e Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) devem cruzar os braços caso o governo do Estado não apresente nova proposta de reajuste de salários.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Empresas Ferroviárias do Estado de São Paulo, Eluiz Alves de Matos, a categoria quer mais respeito e dignidade por parte do governo estadual. “Até o momento não tivemos uma proposta para reajuste dos vencimentos. Passamos a bola o governador”, disse.

Está agendada para a próxima terça-feira (31/05), às 18h, nova assembleia com as categorias para decidir pela greve. “Caso seja apresentada uma proposta plausível vamos apresentar nessa reunião. Caso contrário, haverá paralisação”, afirmou Matos. Os ferroviários pedem reposição salarial pelo maior índice, aumento real de 5%, tíquete de R$ 19, entre outras reivindicações.

Em nota, a CPTM informou que busca junto com os sindicatos representantes das bases territoriais dos ferroviários a melhor forma para fechamento do Acordo Coletivo de Trabalho 2011/2012. "Assim, das 69 clausulas apresentadas, 65 foram discutidas e aceitas. As outras quatro cláusulas dizem respeito às questões econômicas e a CPTM apresentou a proposta aos sindicatos, com vigência a partir de 1º de março de 2011. Entre as cláusulas já aceitas estão totalmente assegurados diversos benefícios proporcionados aos empregados, como seguro de vida, cesta básica, plano de saúde e odontológico, adicional de férias, entre outros. A CPTM reafirma seu interesse no fechamento do acordo e confia que as negociações se encerrem de forma positiva para os empregados, para a Companhia e para a sociedade”, informa o texto.

Os metroviários querem reajuste de 10,79%, com base na inflação medida pelo IGP-M, e outros 13,8% de ganho de produtividade, conforme o ICV, do Dieese. Segundo a categoria, o Metrô ofereceu 6,39% de reajuste.

Em nota, o Metrô informou que acionará o Paese (Plano de Apoio entre Empresas de Transporte frente a Situações de Emergência) para minimizar os transtornos causados aos 3,7 milhões de usuários e à população em geral caso a greve ocorra.

“A Companhia do Metrô preparou um esquema especial para garantir acesso dos seus empregados aos postos de trabalho e alertou todos os funcionários sobre a responsabilidade de manter os serviços essenciais que atendam as necessidades inadiáveis da sociedade. Com o anúncio de greve, a SPTrans deverá readequar as linhas de ônibus para assegurar o transporte de passageiros ao Centro da cidade”, informou o texto.

Em nota, o Sintaema (Sindicato dos Trabalhadores de Água, Esgoto e Meio Ambiente) informou que a categoria pede reajuste salarial de 7,33% pelo ICV-Dieese, aumento real de 20,1%, 25,34% de reposição das perdas, a volta do Adicional por Tempo de Serviço(ATS) e 100% de garantia no emprego, entre outras reivindicações. “É uma vergonha o que a Sabesp está fazendo com seus trabalhadores”, desabafou o presidente do Sintaema, Rene Vicente.
  
Fonte: ABCD Maior 


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